segunda-feira, 29 de setembro de 2008

te quero mais tenho medo

Quando sonhamos com o amanhã percebemos que ele só se trata do que a gente quer que haja
,eu sonho com você não resta nada para mim além de sonhar com você por você
e minha razão desde viver ate no meus poucos gemidos de dor esperando pela morte desse amor vc esta.
Não consigo te esqueci você é como um ferida uma doença que não sai
que circula no meu sangue e só que me machucar
você é diferente você é a dor e razão da minha vida
mais não sei se poderei viver só com meio coração pois a outra metade já tinha sido dilacerado por vc
,meu lado bom insiste que você vai para me deixar feliz, mais meu lado machucado não quer ficar perto de você então

lhe peço por favor vai mais não me deixe só !

mais uma

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

UMA LINDA HISTÓRIA DE NATAL

Certo homem, chamado Mogo, costumava olhar o Natal como uma festa sem o menor sentido.Segundo ele, à noite de 24 de dezembro era a mais triste do ano,porque muitas pessoas se davam conta de quão solitárias eram,ou sentiam muito a ausência da pessoa querida que não esteve presente durante o ano.Mogo era um homem bom.Tinha uma família, procurava ajudar o próximo, e era honesto nos negócios.Entretanto, não podia admitir que as pessoas fossem ingênuas a ponto deacreditar que um Deus havia descido à Terra só para consolar os homens.Sendo uma pessoa de princípios, não tinha medo de dizer a todos que o Natal,além de ser mais triste que alegre, também estava baseado numa história irreal- um Deus se transformando em homem.Como sempre, na véspera da celebração do nascimento de Cristo,sua esposa e seus filhos se prepararam para ir à igreja.E, como de costume, Mogo resolveu deixá-los ir sozinhos, dizendo:- Seria hipócrita da minha parte acompanhá-los.Estarei aqui esperando a volta de vocês.Quando a família saiu, Mogo sentou-se em sua cadeira preferida,acendeu a lareira, e começou a ler os jornais daquele dia.Entretanto, logo foi distraído por um barulho na sua janela, seguido de outro...e mais outro.Achando que era alguém jogando bolas de neve,Mogo pegou o casaco para sair, na esperança de dar um susto no intruso.Assim que abriu a porta, notou um bando de pássaros que haviam perdido seu rumopor causa de uma tempestade, e agora tremiam na neve.Como tinham notado a casa aquecida, tentaram entrar,mas, ao se chocarem contra o vidro, machucaram suas asas,e só poderiam voar de novo quando elas estivessem curadas."Não posso deixar essas criaturas aqui fora", pensou Mogo."Como ajudá-las?”.Mogo foi até a porta de sua garagem, abriu-a e acendeu a luz.Os pássaros, porém, não se moveram."Elas estão com medo", pensou Mogo.Então, entrou na casa, pegou alguns miolos de pão, e fez uma trilha até a garagem aquecida.Mas a estratégia não deu resultado.Mogo abriu os braços, tentou conduzi-los com gritos carinhosos,empurrou delicadamente um e outro, mas os pássaros ficaram mais nervosos ainda- começaram a se debater, andando sem direção pela neve egastando inutilmente o pouco de força que ainda possuíam.Mogo já não sabia o que fazer.- Vocês devem estar me achando uma criatura aterradora disse, em voz alta.- Será que não entendem que podem confiar em mim?Desesperado gritou:- Se eu tivesse, neste momento, uma chance de me transformar em pássaro só por alguns minutos, vocês veriam que eu estou realmente querendo salvá-los!Neste momento, o sino da igreja tocou, anunciando a meia-noite.Um dos pássaros transformou-se em anjo, e perguntou a Mogo:- Agora você entende, por que Deus precisava transformar-se em ser humano?Com os olhos cheios de lágrimas, ajoelhando-se na neve, Mogo respondeu:- Perdoai-me anjo. Agora eu entendo que só podemos confiar naquelesque se parecem conosco e passam pelas mesmas coisas pelas quais nós passamos.Autor Desconhecido

MÃOS DADAS


Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considere a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
Não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,não fugirei para ilhas nem serei raptado por
serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente,os homens presentes, a vida presente.

Viver/Sonhar faz bem

A poesia é como comida,
alimenta a alma e nutri o espirito...
Sonhar é como vida, sustenta e dar vigor ao ser..
.Que o sonhar e o viver faça parte de nossas vidas mas do que o morrer!
Ame, ame, ame...
Queira, queira, queira...
Sinta, sinta
, sinta...Recuse, recuse, recuse...
Mas não se arrependa depois!

terça-feira, 1 de julho de 2008

ALGO


Algo que ninguem chegou a dizer...

Se quiser ouvir de mim certas coisas,
por favor,nao encare o meu olhar...
A tua presença ja mexe comigo,
mas os teus olhos me fazem viajar...
Sou apenas um amigo,
tentando falar o que ninguem chegou a dizer,
mas combinando palavras a medida
em que os seus encantos me permitem...
E é graças a eles que digo,minha estrela perdida,
voce desconhece as virtudes que em ti existem...
Olhos verdes,somados aos teus cabelos lisos e claros,
a tornam uma mulher extremamente atraente...
O teu sorriso unido a tua simpatia,um caso raro,
faz voce parecer alguem carinhosamente envolvente...
Olha,desculpe se eu nao disse tudo,
mas fraquejei agora...a saudade me deixa fraco demais...
Entao ficarei,ate o momento em que te ver,mudo
para que,no instante certo,eu possa te dizer ou mais
aquilo que realmente merece ouvir..

DOR DO AMOR

O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar.
Carlos Drummond de Andrade



O amor impossível é o verdadeiro amor

Outro dia escrevi um artigo sobre o amor. Depois, escrevi outro sobre sexo.

Os dois artigos mexeram com a cabeça de pessoas que encontro na rua e que me agarram, dizendo: "Mas... afinal, o que é o amor?" E esperam, de olho muito aberto, uma resposta "profunda". Sei apenas que há um amor mais comum, do dia-a-dia, que é nosso velho conhecido, um amor datado, um amor que muda com as décadas, o amor prático que rege o "eu te amo" ou "não te amo". Eu, branco, classe média, brasileiro, já vi esse amor mudar muito. Quando eu era jovem, nos anos 60/70, o amor era um desejo romântico, um sonho político, contra o sistema, amor da liberdade, a busca de um "desregramento dos sentidos". Depois, nos anos 80/90 foi ficando um amor de consumo, um amor de mercado, uma progressiva apropriação indébita do "outro". O ritmo do tempo acelerou o amor, o dinheiro contabilizou o amor, matando seu mistério impalpável. Hoje, temos controle, sabemos por que "amamos", temos medo de nos perder no amor e fracassar na produção. A cultura americana está criando um "desencantamento" insuportável na vida social. O amor é a recusa desse desencanto. O amor quer o encantamento que os bichos têm, naturalmente.
Por isso, permitam-me hoje ser um falso "profundo" (tratar só de política me mata...) e falar de outro amor, mais metafísico, mais seminal, que transcende as décadas, as modas. Esse amor é como uma demanda da natureza ou, melhor, do nosso exílio da natureza. É um amor quase como um órgão físico que foi perdido. Como escreveu o Ferreira Gullar outro dia, num genial poema publicado sobre a cor azul, que explica indiretamente o que tento falar: o amor é algo "feito um lampejo que surgiu no mundo/ essa cor/ essa mancha/ que a mim chegou/ de detrás de dezenas de milhares de manhãs/ e noites estreladas/ como um puído aceno humano/ mancha azul que carrego comigo como carrego meus cabelos ou uma lesão oculta onde ninguém sabe".

Pois, senhores, esse amor existe dentro de nós como uma fome quase que "celular". Não nasce nem morre das "condições históricas"; é um amor que está entranhado no DNA, no fundo da matéria. É uma pulsão inevitável, quase uma "lesão oculta" dos seres expulsos da natureza. Nós somos o único bicho "de fora", estrangeiro. Os bichos têm esse amor, mas nem sabem.

(Estou sendo "filosófico", mas... tudo bem... não perguntaram?) Esse amor bate em nós como os frêmitos primordiais das células do corpo e como as fusões nucleares das galáxias; esse amor cria em nós a sensação do Ser, que só é perceptível nos breves instantes em que entramos em compasso com o universo. Nosso amor é uma reprodução ampliada da cópula entre o espermatozóide e óvulo se interpenetrando. Por obra do amor, saímos do ventre e queremos voltar, queremos uma "reintegração de posse" de nossa origem celular, indo até a dança primitiva das moléculas. Somos grandes células que querem se re-unir, separados pelo sexo, que as dividiu. ("Sexo" vem de "secare" em latim: separar, cortar.) O amor cria momentos em que temos a sensação de que a "máquina do mundo" ou a máquina da vida se explica, em que tudo parece parar num arrepio, como uma lembrança remota. Como disse Artaud, o louco, sobre a arte (ou o amor) : "A arte não é a imitação da vida. A vida é que é a imitação de algo transcendental com que a arte nos põe em contato." E a arte não é a linguagem do amor? E não falo aqui dos grandes momentos de paixão, dos grandes orgasmos, dos grande beijos - eles podem ser enganosos. Falo de brevíssimos instantes de felicidade sem motivo, de um mistério que subitamente parece revelado. Há, nesse amor, uma clara geometria entre o sentimento e a paisagem, como na poesia de Francis Ponge, quando o cabelo da amada se liga aos pinheiros da floresta ou quando o seu brilho ruivo se une com o sol entre os ramos das árvores ou entre as tranças da mulher amada e tudo parece decifrado. Mas, não se decifra nunca, como a poesia. Como disse alguém: a poesia é um desejo de retorno a uma língua primitiva. O amor também. Melhor dizendo: o amor é essa tentativa de atingir o impossível, se bem que o "impossível" é indesejado hoje em dia; só queremos o controlado, o lógico. O amor anda transgênico, geneticamente modificado, fast love.

Escrevi outro dia que "o amor vive da incompletude e esse vazio justifica a poesia da entrega. Ser impossível é sua grande beleza. Claro que o amor é também feito de egoísmos, de narcisismos mas, ainda assim, ele busca uma grandeza - mesmo no crime de amor há um terrível sonho de plenitude. Amar exige coragem e hoje somos todos covardes".

Mas, o fundo e inexplicável amor acontece quando você "cessa", por brevíssimos instantes. A possessividade cessa e, por segundos, ela fica compassiva. Deixamos o amado ser o que é e o outro é contemplado em sua total solidão. Vemos um gesto frágil, um cabelo molhado, um rosto dormindo, e isso desperta em nós uma espécie de "compaixão" pelo nosso desamparo.

Esperamos do amor essa sensação de eternidade. Queremos nos enganar e achar que haverá juventude para sempre, queremos que haja sentido para a vida, que o mistério da "falha" humana se revele, queremos esquecer, melhor, queremos "não-saber" que vamos morrer, como só os animais não sabem. O amor é uma ilusão sem a qual não podemos viver. Como os relâmpagos, o amor nos liga entre a Terra e o céu. Mas, como souberam os grandes poetas como Cabral e Donne, a plenitude do amor não nos faz virar "anjos", não. O amor não é da ordem do céu, do espírito. O amor é uma demanda da terra, é o profundo desejo de vivermos sem linguagem, sem fala, como os animais em sua paz absoluta. Queremos atingir esse "absoluto", que está na calma felicidade dos animais.